quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sobre Príncipes e sapos



"Eu já não sabia mais como se dançar. A verdade é que eu nunca fui boa nisso. Mas minha mãe me encomendou um instrutor. Um não. Uma dúzia. Ela sempre me disse que sou uma péssima dançarina. Que eu piso no pé das pessoas. E que por isso nunca encontraria um príncipe. Decidi aprender. Não foi tão fácil quanto imaginei. Mas bastou dançar para a minha história mudar. É que nessa manhã eu decidi me vestir de um moço amor, com traços puros e pálidos de alguém crescido num mundo de encanto e magia. E ele me apertou contra a lua buscando a cor de meus olhos. A entrada do castelo havia dois guardiões azuis. Assustei-me com um gato preto que riscou o tapete de veludo estendido sobre o gramado. E me escondi entre as folhagens com as borboletas. Machuquei os dedos nas ramagens. E ele segurou a minha mão. Naquele instante eu o reconheci. A lua brilhou mais forte. E as estrelas se acenderam no céu, numa festa de cores de um esfuziante festival. Esse príncipe, Senhores: Não tem cavalo, não tem espada, não tem nada. Mas ele olha primeiro para os olhos ao invés dos sapatos."

por pipa

2 comentários:

  1. Principes assim que nossas histórias reais querem. Prncipes que olham os olhos que são verdadeiramente encantados!

    ah que belo texto.
    É doce, delicado. Tem uma suavidade tão bela.


    Muito bom gosto!


    Beijos
    Nii

    ResponderExcluir
  2. sonhar é tão bom, ainda mais quando são gostosos e tudo mais !
    príncipes, será que eles realmente existem ?
    acho que as atitudes de alguem que revelam os principes e princesas que temos dentro de nós.


    bjs.

    ResponderExcluir